Muita gente já brada como se fosse certa a eleição da senadora Ana Amélia Lemos (PP e ex-RBS) como governadora em 2014.
O uso exagerado da sua imagem e presença em programas de TV, jornais e rádios é um prelúdio de que existem fortes interesses de que ela seja a vitoriosa em 2014.
O que não posso deixar de comentar é a visão de que tal fato já ocorreu anteriormente aqui no Rio Grande do Sul, quando um Olívio Dutra atacado em diversas frentes devido a uma gestão que não trouxe nada de novo ao do governo gaúcho (além do retrocesso), por prometer o paraíso e não ter conseguido fazer nada do que tinha oferecido aos eleitores.
E o nome do ex-governador Antônio Britto era anunciado aos quatro ventos como futuro governador do Rio Grande, pesquisas mostradas na TV anunciavam sua vitória no primeiro turno.
Era uma corrida eleitoral que parecia fácil, muito fácil...
Parecia tão fácil, que por não concordar com a perda de seu candidato a presidente no comando do PMDB gaúcho, Britto e um grupo de lideranças históricas do partido foram para o PPS.
E então iniciou-se a queda de um gigante, e começou a ascensão de Rigotto.
Ao optar pelo PPS, Britto e seus colegas subestimaram um dos fatores que faz o PMDB ser grande no Brasil e no Rio Grande do Sul. Esqueceram que o partido possuía diretórios em quase todos os municípios do estado.
Um exército de pessoas que iriam defender seu nome nas ruas contra a militância petista e os famosos panfletos apócrifos que aparecem na calada da noite com diversas inverdades, cujo único objetivo é desestabilizar a imagem de quem está na frente nas pesquisas.
Pois bem, o PPS era (e continua sendo) um partido com pouca penetração e representação nas cidades gaúchas.
E algo parecido ocorre com o PP de Ana Amélia, pois o PP é muito forte no interior, mas em Porto Alegre e região metropolitana o PP é um partido de pouca visibilidade. Os diretórios tem poucos filiados e pouca representação nas câmaras municipais. Cachoeirinha é um exemplo, aonde quase todos os líderes do PP se desfiliaram e foram para o PSB.
E isso em uma região que tem 50% dos votos do estado inteiro.
Sem falar no efeito TV Record, pois com certeza a emissora será favorável a outro candidato que não seja a Ana Amélia. E hoje sabemos que com o Balanço Geral e outros programas de sua grade de programação, que eles tem ótima audiência com o povo gaúcho.
As pesquisas mostram que Ana Amélia e Tarso são os grandes favoritos a 2014, com mais de 25% das intenções de voto. Em 2002 Tarso e Britto eram os favoritos, e Rigotto tinha apenas 3% nas pesquisas e acabou se elegendo governador, pois tinha o PMDB em quase todos os municípios do RS, lhe pedindo votos e defendendo seu nome. Ao contrário do Britto que perdeu um exército e ficou com seu nome exposto aos ataques petistas sem ter ninguém para o defender nas ruas.
Pense nisso.
Foto: Site da senadora Ana Amélia Lemos
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