Os erros do Minha Casa, Minha Vida que o Governo Federal não vê (ou finge não ver)

O sonho de todo trabalhador é ter uma boa casa, regularizada e em seu nome.

Um dos grandes feitos do governo Lula foi o programa Minha Casa, Minha Vida. Isso é inegável, pois possibilitou que uma parcela da população pudesse ter seu imóvel próprio.

Financiando sua casa em até 30 anos, 360 parcelas com valor decrescente, o que é um bom negócio para o comprador.

O financiamento sendo feito pela Caixa Federal, com dinheiro vindo do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, muitos loteamentos e residenciais surgiram Brasil afora.

Mas o programa tem erros? Ah se tem. 

Passou Lula, Dilma e agora Temer, e os erros persistem.

Vejamos quais erros impedem que esse seja um programa 100% voltado para atender as demandas da população pobre.

1 – Valor do financiamento

O imóvel que entra no programa deveria ser 100% financiado, o que não ocorre. Em alguns casos, dependendo do imóvel, a construtora aceita financiar apenas de 60% a 70%. Ocorre muito quando o imóvel tem diferenciais como casa única no terreno, ou tamanho maior do que as oferecidas pelas grandes incorporadoras. Isso quando é o governo querendo financiar apenas 80% do valor. Qual pobre vai ter 10, 20, 30 mil para dar de entrada na sua casa própria?

2 – Taxas de corretagem e municipais

Imagina família que ganha entre R$1.400,00 e R$ 1.600,00 por mês, ter de pagar taxas de R$ 6 a 10 mil para poder entrar dentro de sua “casa popular”? Essas taxas deveriam estar embutidas no financiamento e não serem deixadas para o comprador pagar. É mais um item a dificultar que uma família possa ter sua casa própria. O cara já está financiando a casa em 30 anos, porque não diluir esse valor na prestação?

3 – Casas sendo vendidas sem grades e nem muros

Imagina você conseguir financiar sua casa popular, com um terreno de apenas 5,5 m de largura e 12 metros de profundidade, ter pago entrada no imóvel, mais um valor que pode chegar a R$ 10 mil de taxas para poder entrar na sua casa e a mesma não ter cercas, grades ou muro para lhe proteger? Daí você vai ter de mais uma vez arrumar dinheiro para poder cercar sua casa. É meio incoerente isso em um país onde a criminalidade é gritante. Mais um item que deveria ser obrigatório nas casas.

4 - Grandes loteamentos sem infraestrutura

É comum ver grandes loteamentos sendo erguidos em diversos lugares do Brasil.

São 4,5,6 mil casas sendo erguidas e sem infraestrutura nenhuma de um posto de Saúde, de uma escola infantil, de centro de compras, etc.

Daí vemos prefeituras recebendo 5 mil novas famílias e ganhando a função de ter de construir as pressas uma rede de atendimento para essa nova demanda.

Como não foi feito locais específicos para o comércio, casas viram minimercados, ferragens, lojas de materiais de construção, farmácias, padarias, etc.

5 – Falta de investimento em opções renováveis de energia

Se eu governo estou financiando casas populares por 30 anos, porque já não incluir casas com painéis solares para baratear o custo de energia desses moradores? As pessoas poderiam pagar uma taxa mínima de energia, já que teriam painéis solares em seus telhados e baterias para lhes oferecer energia renovável.

São todas questões que impactam diretamente a população e que o governo não faz questão de ver (ou finge não ver).